Às vezes eu minto
ao dizer o que sinto
porque não quero ferir
o meu coração e o teu.
Deixo de ser eu para
ter outra identidde,
que com um pingo
de maldade finge ser
boa pessoa nesse momento.
Às vezes eu minto
sobre aquilo que sinto,
porque eu sei que às vezes
chocamos os dois e o
choque pode ser fatal.
Para mim pode estar bem,
para ti pode estar mal.
Coisas simples, banais,
transformam-se em tempestades.
Às vezes eu minto
sobre aquilo que sinto
sem maldadee e sem intençao.
Eu minto sobre aquilo que sou
para não ferir teus sentimentos,
porque tu não mereces e
eu às vezes não te mereço...
Eu sei que é assim. Eu sei
tudo e não sei nada.
E minto mais uma vez,
sobre tudo aquilo que sinto,
porque tu não tens preço.
Tu és o absinto que me
liberta do medo e me faz ir
em frente sem pensar em mais nada.
De falar dos segredos que tenho,
de falar de mim para ti.
Aos poucos deixo de mentir
sobre tudo aquilo que sinto
e passo a ser o “eu” verdadeiro,
sem medo e se preconceitos,
sem medo de dar um passo em frente
e cair... Tu estás lá
para me amparar e curar as feridas
que até agora não saravam
porque não estavas perto.
Sem medo das palavras,
sem medo de ter medo,
eu deixo de mentir com o
que sinto, deixo de brincar
com as palavras e não
te minto. Eu te encontro
no sitio mais distante,
no sitio mais escuro...
Onde quer que seja.
Porque às vezes, e sabes
que eu sei, tu fazes o mesmo.
Não o fazes da mesma forma,
mas de maneira parecida.
Acaba por ser uma norma
consentida pelos dois. Talvez por
respeito, talvez por amor.
Quem sabe por quê.
Vamos ser nós,vamos ser um só.
Eu sinto que já somos um,
agora basta sê-lo. E apesar
de separados, as regras e os legados
do nosso coração se unem
Pelo propósito de saber
que na realidade é preciso
aprender a ser felizes como nós.
Como nós somos, como nós fomos...
Sem mentir e sem medo de seguir...
Obrigado por estares aqui.